How do stars bring meaning to our lives?

When I was a little girl, I looked up to the stars at night and wondered “why are we here?”. After 30 years, personal and professional challenges, combined with opportunities and new influences have reignited these worries and awakened my interest in meaning in life.

The influence of positive psychology and meaning

The first influence was the Executive Master of Applied Positive Psychology (EMAPP) of Lisbon University, where I’ve learned that “meaning in life” is associated with a eudaimonic perspective of well-being and human flourishing, or in other words, happiness based on virtues.

During the EMAPP, I had the privilege to learn with the Italian, Antonella Delle Fave, about a recent international research project that asked more than 600 people about “what gives meaning to their lives?”[1]. Family and social relationships were the life domains more related with meaningfulness, which in turn, were closely linked to happiness and satisfaction with life.

Cultural differences

There were some cultural differences between countries, highlighting the importance of listening to different voices from several cultures and this reminds me of a second influence: the video-exhibition “7 Billion Others”. It gathers testimonies from people all over the world about several aspects of human life, including the meaning of life! Interestingly, knowing the singularities of people’s lives with such different life conditions brings out our similarities. I strongly recommend watching the testimonies on the meaning of life: www.7billionothers.org/thematic_voices/meaning-life.

Michael Steger and the Meaning in Life

In June, Michael Steger has come to Lisbon and added valuable knowledge to my search with his bright communication “Meaning in Life”. His interest in this topic began the same way as mine, by looking at the starry sky, but from North America.

Meaning in life is so relevant that affects our longevity: after five years, old people who gave a high meaning to their lives died (57%) less than the ones that gave very few meaning[2]. According to Steger, “meaning in life” encompasses the need to do something worthy (purpose); to make sense of life (coherence) and to have a life that matters (significance). Coherence can be built in different ways: if on one hand, we can give meaning to the most part of our life experiences (through a permanent reconstruction process), on the other hand, we have the power to create new meanings from them, especially the most challenging ones. When we choose this last path, we usually do so with a strong sense of purpose and significance[3].

And now what?

When we transform our most challenging experiences into something that contributes in a positive way to the people around us, to our communities, to the revitalisation of an ecosystem or solely to our own personal growth, were are acting with purpose and significance in a way that is coherent with our life.

Recently, a friend of mine that is a psychologist in a palliative care unit, told me that many patients regret not having spent more time with the people they love and care about. For Antonella[4], meaning is closely related with the interconnection with ourselves, with others, with the community and with the world.

The next time I look up to the stars, I’ll remember to look around me and cherish all these connections, bringing more coherence, purpose and significance to my life!

References

[1] This study has involved 666 participants from seven countries: Australia, Croatia, Germany, Italy,
Portugal, Spain and South Africa. See: Delle Fave, A., Brdar, I., Freire. T., Vella-Brodrick, D., &. Wissing, M. P. (2011). The eudaimonic and hedonic components of happiness: qualitative and quantitative findings, Social Indicators Research, 2(100), 185-207.

[2] Michael Steger, Personal communication, in June 18th, 2015, in the EMAPP class “Meaning in Life”.

[3] Idem

[4] Antonella Delle Fave, Personal communication, in January 10th, 2015, in the EMAPP class “Mentalhealth and happiness: a conceptual and cultural issue”.

 

About the author: Patrícia is an educational and community psychologist and a trainer. (Now in the first person,) I love to spend good times with family and friends and to amuse them! The best compliment I’ve ever heard was from my grandfather that once told me I was “the joy of the family”! I love to motivate and inspire the people I work with and I feel grateful when I help someone to have an “Aha” moment!
Patricia.sarmento@outlook.com | https://pt.linkedin.com/pub/patrícia-sarmento/23/212/b40 | www.desenformar.com

Como é que as estrelas trazem sentido às nossas vidas

Quando era miúda, olhava para as estrelas à noite e questionava-me sobre “porque é que estamos aqui”. Volvidos 30 anos, desafios pessoais e profissionais, combinados com oportunidades e novas influências reacenderam estas inquietações e redespertaram o meu interesse sobre o sentido da vida.

A influência da psicologia positiva e o sentido

A primeira dessas influências foi o Executive Master de Psicologia Positiva Aplicada da Universidade de Lisboa, onde aprendi que o “sentido da vida” está associado a uma perspetiva eudaimónica do bem-estar e florescimento humanos, ou seja, a uma felicidade baseada nas virtudes.

Neste curso, tive o privilégio de conhecer a investigadora italiana Antonella Delle Fave, que partilhou um estudo internacional, no qual perguntou a mais de 600 pessoas “o que é que dava sentido às suas vidas”[5]. A família e as relações sociais foram os domínios de vida mais relacionados com o Sentido na Vida e que este, por sua vez, estava intimamente ligado à felicidade e à satisfação com a vida.

Diferenças culturais

Este estudo revelou algumas diferenças culturais entre os países envolvidos, salientando a importância de escutar diferentes vozes em diferentes culturas e isto recorda-me a segunda influência: a vídeo-exposição “7 Billion Others” de Yann Arthus-Bertrand, que reúne testemunhos de todo o mundo sobre vários aspetos da vida humana, incluindo o sentido da vida! Conhecer as singularidades das vidas de pessoas com condições tão diferentes, faz paradoxalmente, sobressair as nossas semelhanças. Aconselho vivamente a visualização dos testemunhos sobre o sentido da vida: www.7billionothers.org/thematic_voices/meaning-life.

Michael Steger e o Sentido na Vida

Em Junho, Michael Steger veio a Lisboa e contribuiu para a minha demanda com a sua luminosa palestra, “Meaning in Life” (o sentido na vida). O seu interesse pelo tema começou da mesma forma que o meu, a olhar para o céu estrelado, mas da América do Norte.

O sentido da vida é tão relevante que afeta a nossa longevidade: ao fim de cinco anos, idosos que atribuíam um elevado sentido às suas vidas morreram menos (57%) do que aqueles que atribuíam muito pouco significado[6]. Para Steger, o “sentido na vida” engloba a necessidade de fazer alguma coisa valiosa (propósito); de dar sentido à vida (coerência) e de ter uma vida que faça a diferença (significado)[7]. Podemos construir coerência de diferentes formas: se por um lado conseguimos dar sentido à maior parte das nossas experiências (através de um processo de reconstrução permanente), por outro, também temos o poder de criar novos sentidos a partir delas, especialmente das mais desafiantes. E quando adotamos esta última via, fazemo-lo habitualmente com um forte sentido de propósito e significado.

Então e agora?

Quando transformamos as experiências mais desafiantes em algo que contribui positivamente para as pessoas mais próximas, para as nossas comunidades, para a revitalização de um ecossistema ou tão só para crescermos, estamos a agir com propósito e significado de uma forma coerente com a nossa vida.

Recentemente, um psicólogo amigo que trabalha numa unidade de cuidados paliativos disse-me que muitos pacientes lamentam não ter passado mais tempo com as pessoas que estimam. Para Antonella[8], o sentido da vida está intimamente ligado à interconexão connosco, com os outros, com a comunidade e com o mundo.

Da próxima vez que olhar para cima, para as estrelas, vou lembrar-me de olhar à minha volta e nutrir todas estas conexões, trazendo mais coerência, propósito e significado para a minha vida!

Referências

[5] O estudo envolveu 666 participantes de sete países: Austrália, Croácia, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e África do Sul. Ver: Delle Fave, A., Brdar, I., Freire. T., Vella-Brodrick, D., &. Wissing, M. P. (2011). The eudaimonic and hedonic components of happiness: qualitative and quantitative findings, Social Indicators Research, 2(100), 185-207.

[6] Michael Steger, Comunicação pessoal, em 18 de Junho de 2015, na aula “Meaning in Life” de EMAPP.

[7] Idem.

[8] Antonella Delle Fave, Comunicação pessoal, em 10 de Janeiro de 2015, na aula “Mental health andhappiness: a conceptual and cultural issue” de EMAPP.

Sobre a autora: Patrícia é psicóloga educacional e comunitária e formadora. (Agora na primeira pessoa,) adoro passar bons momentos com a minha família e os meus amigos, divertindo-os. O melhor elogio que já ouvi foi do meu avô, que me disse uma vez que eu era a “alegria da casa!” Adoro motivar e inspirar as pessoas com quem trabalho e sinto-me grata quando ajudo alguém a ter um momento “Eureka”!

Patricia.sarmento@outlook.com | https://pt.linkedin.com/pub/patrícia-sarmento/23/212/b40 | www.desenformar.com

 

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